quinta-feira, 20/02/2025
Centro de Biologia Molecular e Ambiental da Escola de Ciências da UMinho
É o avançar da
discussão científica para uma Estratégia Nacional de Monitorização da Saúde do
Solo. A Universidade do Minho recebe esta quinta-feira, dia 20, um workshop com
meia centena de cientistas e decisores nacionais para evidenciar como a
investigação pode contribuir nas políticas públicas do solo, apoiando a
segurança alimentar, a exploração e gestão de recursos naturais, o
desenvolvimento económico-social e a sustentabilidade ambiental.
A futura
estratégia nacional neste setor deverá também acompanhar a Diretiva Europeia
sobre Monitorização e Resiliência do Solo, a qual está atualmente em discussão
entre a Comissão, o Conselho e o Parlamento Europeu, prevendo-se que entre em
vigor este ano. A sessão na UMinho enquadra-se ainda nos objetivos do novo
Observatório Nacional do Solo, que visa ser o provedor de dados de referência
do território português sobre a saúde do solo.
Oradores de
referência
O workshop
“Estratégia Nacional de Monitorização da Saúde do Solo – Contributos da
Comunidade Científica” inicia-se esta quinta-feira pelas 9h00, no auditório B1
do campus de Gualtar, em Braga. O programa inclui vários grupos de discussão e
as conclusões dos trabalhos vão ser conhecidas pelas 17h00. O evento é
coorganizado pelo Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de
Ciências da UMinho, pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), pela
Universidade de Coimbra (UC), pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento
Rural (DGADR), pela Parceria Portuguesa para o Solo e pela Fundação para a
Ciência e Tecnologia.
Entre os
participantes estão Teresa Pinto Correia, vice-presidente do Mission Board
on Soil Health and Food da União Europeia e coordenadora do laboratório
associado CHANGE - Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade, bem
como André Trindade, Cláudia Sá e Maísa Oliveira, representantes da DGADR, e os
investigadores Carlos Guerra (UC), Sofia Costa (CBMA) e Concha Cano Diaz
(IPVC), do projeto científico SoilRecon, entre outros. A iniciativa junta
igualmente responsáveis de empresas agrícolas e florestais, de cooperativas e
associações do setor primário, de consultoras e da administração pública.
“A monitorização
do solo está a ganhar relevância política, ambiental e científica na sociedade
portuguesa, procurando responder a desafios como a agropecuária, a gestão de
recursos e as alterações climáticas. Acreditamos que este workshop vai permitir
o debate e a reflexão de forma aprofundada, contribuindo com testemunhos
valiosos da ciência, do ensino superior e de outros parceiros para reforçar as
políticas públicas neste âmbito”, considera Sofia Costa, que está também na
coorganização do evento.