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Ciência ao almoço


"Ciência ao Almoço" é uma iniciativa da Escola de Ciências (ECUM) que decorre mensalmente, à hora do almoço, e que pretende promover a partilha de conhecimento e a cooperação no seio da comunidade ECUM.

Com uma periodicidade mensal, é convidado um Professor ou Investigador da ECUM que abordará um tema da sua especialidade, num ambiente descontraído.

1ª edição | 8 de outubro de 2021 | anfiteatro da Escola de Ciências
Ciência ao serviço da sustentabilidade do setor vitivinícola em Portugal
Hernâni Gerós (Departamento de Biologia) e Natacha Fontes (Sogrape Vinhos)

Nesta palestra foram abordados temas abrangentes sobre a vinha e o vinho, incluindo uma referência breve às diferentes regiões vitivinícolas do país e diversidade de castas, vinhos de referência e importância socioeconómica do sector; o impacto negativo das alterações climáticas; e projetos científicos em curso na UMinho e na Sogrape com vista ao desenho de um sector mais resiliente e sustentável. A palestra contou ainda com o envolvimento de um orador do Laboratório Colaborativo CoLAB VINES & WINES. No contexto do tema, e para assinalarmos condignamente a primeira sessão, temos o privilégio de contar com uma prova de vinhos gentilmente oferecida pela Sogrape Vinhos.


2ª edição | 5 de novembro de 2021 | anfiteatro da Escola de Ciências
Vulcões: um dos sinais vitais do planeta
José Brilha (Departamento de Ciências da Terra)

Nesta palestra foram abordados aspetos relacionados com a atividade vulcânica, que sempre despertou um misto de fascínio e temor nos seres humanos. Na verdade, trata-se de um dos poucos processos da geodiversidade que temos o privilégio de observar, já que uma boa parte destes processos ocorrem a velocidade muito lenta e/ou em zonas inacessíveis debaixo dos nossos pés. Os vulcões oferecem diversos tipos de benefícios – os chamados serviços de ecossistemas – mas podem também provocar mudanças abruptas no meio ambiente com consequências dramáticas para os seres humanos. A atual erupção do vulcão Cumbre Vieja na ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias, alerta-nos para a necessidade das autoridades e população estarem preparadas para estes fenómenos naturais, com base no conhecimento produzido pelos geólogos.


3ª edição | 17 de dezembro de 2021 | anfiteatro da Escola de Ciências
O admirável mundo da Matemática
Ana Jacinta Soares (Departamento de Matemática)

Vivemos na era da Matemática e é indiscutível o impacto desta ciência no desenvolvimento das sociedades modernas. Como seria o mundo atual sem a Matemática? Nesta palestra, foram abordados alguns dos aspetos que tornam a matemática tão fascinante e tão importante nas nossas vidas. Embora numa ilustração muito redutora, foram apresentados alguns estudos baseados na experiência individual da palestrante, que exemplificam a interação da Matemática com as outras ciências.


4ª edição | 27 de janeiro de 2022 | anfiteatro da Escola de Ciências
Que Estatísticas em Sondagens
Susana Faria e Inês Sousa (Departamento de Matemática)

Em período eleitoral muitas sondagens são realizadas, mostrando diferentes resultados, conclusões e interpretações. Nesta palestra exploramos os conceitos estatísticos e as estatísticas presentes em estudos de sondagens. Iremos apresentar, como exemplos, os resultados dos estudos de sondagens realizados durante janeiro de 2022.


5ª edição | 8 de abril de 2022 | anfiteatro da Escola de Ciências
Materiais biotecnológicos na era pós-petróleo: quando a inspiração está na Natureza
Raul Machado (Centro de Biologia Molecular e Ambiental)

Face à atual consciência ambiental e a transição para uma sociedade assente na bioeconomia, existe a necessidade de desenvolver novos materiais sustentáveis e de baixo impacto ambiental. Na natureza, é possível encontrar uma série de materiais com características comparáveis aos atuais polímeros sintéticos. Proteínas fibrosas/estruturais como colagénio, seda e elastina, possuem propriedades únicas (e.g. biológicas e mecânicas) que as tornam extremamente apelativas para o desenvolvimento de novos materiais. Com os avanços na biologia sintética de proteínas e a aplicação de ferramentas de biotecnologia, atualmente é possível desenhar e desenvolver proteínas personalizadas com recurso a tecnologia de DNA recombinante. Neste contexto, o desenvolvimento de polímeros proteicos usando proteínas naturais como blueprint, representa um marco no desenvolvimento de novos biomateriais, sustentáveis, com elevado potencial para diversos setores industriais. Nesta palestra serão abordados aspetos gerais no desenvolvimento de proteínas recombinantes bioinspiradas na natureza e os avanços do nosso grupo de investigação no desenvolvimento de materiais biotecnológicos, sintetizados de novo.


6ª edição | 27 de maio de 2022 | anfiteatro da Escola de Ciências
Do banho-maria à “tesoura genética” - O eterno feminino da Química
João Paulo André (Departamento de Química)

De acordo com uma visão mais tradicional da história da ciência, pouquíssimas mulheres nela participaram – em particular nas ciências físicas - até à entrada triunfal de Marie Curie em cena. Contudo, na atualidade, em que os historiadores dirigem um novo olhar aos intervenientes no processo científico, e valorizam a capacidade de saber fazer, é reconhecido à mulher - mantida até tarde fora das universidades e das academias - um contributo valioso. Entre Maria, a Judia, alquimista de Alexandria, e Emmanuelle Charpentier e Jennifer Anne Doudna, criadoras do método de edição do genoma conhecido por CRISPR-Cas9, que lhes valeu o Prémio Nobel da Química em 2020, medeiam dois milénios. Várias das figuras femininas que ao longo desse longo período se destacaram no campo da química são convocadas para este “Ciência ao almoço”.


7ª edição | 22 de julho de 2022 | anfiteatro da Escola de Ciências
Ainda tanto a aprender com o Mar: as algas ao serviço da bionanotecnologia
Andreia Gomes (Departamento de Biologia)

No rescaldo da Conferência dos Oceanos, que decorreu em Lisboa entre 27 de junho a 1 de julho, ainda ecoam os apelos à ação de todos pelos oceanos. Um dos caminhos que Portugal já está a começar a trilhar, implica apostar em soluções baseadas na natureza para reverter o declínio na saúde dos oceanos. Neste contexto, serão apresentados os nossos trabalhos mais recentes com macroalgas para a síntese de nanopartículas metálicas, e os projetos em desenvolvimento no nosso grupo de investigação, que são uma pequena contribuição para transformar o uso do conhecimento sobre os recursos biológicos em soluções para a bionanotecnologia.


8ª edição | 14 de outubro de 2022 | anfiteatro da Escola de Ciências
O Paradigma Quântico
Ricardo Mendes Ribeiro (Departamento de Física)

Cada teoria assenta numa série de pressupostos sobre o que são os objetos, as interações, o próprio espaço e tempo. Pensar a teoria quântica dentro dos moldes dos pressupostos da Física de Newton necessariamente leva a contradições, e a uma sensação de incapacidade de compreensão. Nesta palestra vamos rever o que torna diferente a Física quântica da Física clássica.

9ª edição | 29 de novembro de 2022 | anfiteatro da Escola de Ciências
Mineralogia aplicada – incidências recentes de uma disciplina antiga
Carlos Leal Gomes (Departamento de Ciências da Terra)

Propõe-se uma viagem pela evolução da mineralogia desde o Renascimento, salientando os contributos de grandes nomes, como Georg Bauer, René-Just Haüy, August Bravais, José Bonifácio de Andrada e Silva, Wilhelm Ludwig von Eschwege ou Louis de Launay para o fortalecimento da mineralogia fundamental e sua aplicação à interpretação de sistemas metalogenéticos antigos e profundos, ampliada por constatações recentes de autores como Udo Schwertmann ou Will Steffen, que levam à reflexão sobre a mineralogénese em sistemas recentes superficiais e atuais, o que, reversivelmente, abre outros caminhos à mineralogia fundamental.

10ª edição | 14 de dezembro de 2022 | anfiteatro da Escola de Ciências
Ciência ao almoço - Especial Natal

Almoço-convívio de Natal. Momento de partilha e de comunhão, que contou com a presença de algumas dezenas de pessoas, entre a equipa da Presidência, docentes, investigadores, técnicos e alunos, e onde se partilharam iguarias do Natal ou de outras épocas, oriundas de vários países e confecionadas pelos próprios “convivas”. 

11ª edição | 27 de janeiro de 2023 | anfiteatro da Escola de Ciências
Uma tempestade ou uma teoria de tudo? A separação de fases na organização celular
João Carlos Marcos (Departamento de Química)

Nos últimos cem anos registaram-se enormes progressos na compreensão dos princípios da organização celular. Contudo continua a ser em grande parte um mistério como milhares de processos biomoleculares ocorrem simultaneamente de forma coordenada e regulada no interior da célula. Recentemente a separação de fases liquido-liquido emergiu como um fenómeno comum a vários processos celulares. Desde a organização da cromatina até à formação de grânulos de stress, são inúmeros os mecanismos biológicos dependentes desta separação de fases que está ainda presente em diversos processos patológicos como, a maturação de vírus, o cancro ou as doenças neurodegenerativas. Com esta ubiquidade, que varreu como uma tempestade muitos dos conceitos mais sólidos sobre a organização celular, será licito pensar que estaremos na presença de uma verdadeira teoria de tudo da bioquímica e biofísica celulares? Nesta palestra serão abordados os princípios fundamentais deste fenómeno, as suas principais implicações e aplicações, tentando elucidar esta questão e apontando direções de investigação futura nesta área fascinante.

12ª edição | 24 de março de 2023 | anfiteatro da Escola de Ciências
A revolução do DNA na investigação da biodiversidade: 20 anos de ‘DNA barcoding’
Filipe Oliveira Costa (Departamento de Biologia)

Em Janeiro último completaram-se 20 anos desde a publicação do artigo em que se propõe um novo sistema universal de identificação de espécies, baseado em sequências curtas de zonas pré-definidas do genoma: os “DNA barcodes”. Vinte anos depois a utilização da abordagem “DNA barcoding” generalizou-se, contribuindo significativamente para a descoberta da biodiversidade do planeta, e revolucionando a sua investigação e monitorização.

13ª edição | 23 de junho de 2023 | anfiteatro da Escola de Ciências
Evolução do nível do mar nos últimos 20 000 anos, consequências e desafios económicos e sociais para o futuro
Renato Henriques (Departamento de Ciências da Terra)

O nível do mar modificou-se nos últimos 20 000 anos, tendo evoluído desde a cota ±140m até ao nível atual. Este processo de evolução eustática ainda não cessou, esperando-se que, tal como aconteceu nos períodos interglaciais anteriores, possa ainda subir alguns metros. Face a este cenário, tendo em conta a ocupação costeira por parte das comunidades humanas e os desafios sociais que hoje se preconizam associados, por exemplo, à transição energética e à economia azul, o mar representa simultaneamente uma ameaça e uma oportunidade para o bem estar social e ambiental. Para tal é necessário inventariar o património marinho, conhecer os processos que se desenvolvem na plataforma marinha, bem como conhecer a capacidade de regeneração dos sistemas naturais, no sentido de quantificar o custo/benefício de opções ligadas ao planeamento do território e à economia azul. Nesta apresentação são apresentados alguns elementos de conhecimento referentes a alguns trabalhos desenvolvidos na plataforma marinha portuguesa. São também lançados alguns elementos para discussão relativos à potencial exploração de recursos mineiros em ambiente marinho.

14ª edição | 15 de setembro de 2023 | anfiteatro da Escola de Ciências
Olhos e Visão: do câmbrico à atualidade
José Manuel Méijome (Departamento de Física)

A visão nos humanos e em muitos dos restantes animais é considerada uma das maiores invenções da natureza. Nesta palestra abordaremos alguns dos aspetos mais curiosos do olho e da visão, dos humanos a diversas espécies animais desde a sua aparição até à atualidade. Estabelece-se uma ligação com tópicos de investigação em curso no Centro de Física da Escola de Ciências da Universidade do Minho e em instituições parceiras.  É dada uma especial relevância à multiplicidade de áreas que convergem na Optometria e Ciências da Visão, enquanto área disciplinar e disciplina científica que investiga e promove os cuidados primários da visão a uma população global num quadro de alterações sociodemográficas e de hábitos de trabalho e lazer que exigem cada vez mais dos cuidados deste sentido da visão como elemento crucial de desenvolvimento pessoal e profissional.

15ª edição | 20 de outubro de 2023 | anfiteatro da Escola de Ciências
Journal UMinho Science (JUS)
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lunos da ECUM que integram a equipa editorial da JUS

A JUS é uma revista científica com revisão por pares gerida por alunos de licenciatura, mestrado e doutoramento da ECUM, com publicação aberta, contínua e em formato digital (https://revistas.uminho.pt/index.php/jus). O principal objetivo da JUS consiste em publicar artigos científicos originais, contribuindo para a divulgação da investigação científica realizada na Universidade do Minho e em outras instituições nacionais e internacionais e envolvendo exclusivamente os estudantes no processo de publicação científica. É dado enfoque especial às áreas científicas principais da ECUM, como biologia, ciências da terra, física, química e matemática, mas o projeto editorial acolhe também outras áreas científicas e tecnológicas. A JUS oferece ainda um espaço para a divulgação e discussão de notícias e temas cientificamente relevantes. A JUS é, também, um projeto pedagógico, ao proporcionar oportunidades de aprendizagem através da prática da gestão editorial de publicações científicas, de processamento de manuscritos para revisão por pares e de desenvolvimento de capacidades de decisão sobre a sua publicação. Até ao momento foram publicados 3 artigos, cobrindo as áreas científicas da Biologia, Física e Ciências da Terra; no entanto, outros manuscritos encontram-se em fase de revisão.

16ª edição | 17 de novembro de 2023 | anfiteatro da Escola de Ciências
Do núcleo ao universo
Nuno Castro (Departamento de Física)

Qual a relação entre as escalas mais pequenas que conhecemos e a vastidão do universo? Quais os constituintes básicos da matéria e como interagem entre si? O que sabemos e quais as questões em aberto na física de partículas? Como podemos observar e estudar as partículas? E o que é que tudo isto tem a ver com o nosso dia a dia? Estas e outras perguntas serão discutidas de forma descontraída em mais uma edição do Ciência ao Almoço.

17ª edição | 14 de dezembro de 2023 | auditório do IB-S
A Química do almoço
Susana Costa (Departamento de Química)

Na ementa para o almoço de hoje temos proteínas, hidratos de carbono, lípidos e diversos micronutrientes. No dia a dia somos confrontados com escolhas alimentares, nem sempre fáceis: acompanho com batata frita ou salada? E para a sobremesa, uma maçã ou uma fatia de cheesecake? As consequências destas escolhas são bem diferentes... e a química envolvida também. Numa abordagem descomplicada, serão abordados aspetos como a estrutura dos nutrientes, as reações químicas em que estão envolvidos e o seu valor nutricional/energético, o processamento de alimentos com aditivos e suplementos, terminando com alguns exemplos da gastronomia molecular.

18ª edição | 19 de janeiro de 2024 | anfiteatro da Escola de Ciências
Propolis … what else?
Cristina Aguiar (Departamento de Biologia)

Própolis é uma resina natural constituída por uma mistura complexa de substâncias que as abelhas recolhem de várias plantas, digerem com enzimas salivares e misturam com cera de abelha. Utilizado desde a antiguidade e alvo de interesse acrescido nos últimos anos, este produto natural tem revelado inúmeras propriedades biológicas e farmacológicas, nomeadamente antimicrobianas, antioxidantes e anti-inflamatórias, entre outras. O seu amplo espetro de bioatividades e o longo historial de utilização suportam a ideia de várias aplicações biomédicas/farmacológicas, algumas já disponíveis comercialmente, outras ainda por explorar. Junte-se a nós na próxima “Ciência ao Almoço” e descubra este produto fascinante que combina a sabedoria da natureza com os instintos protetores das abelhas.

19ª edição | 16 de fevereiro de 2024 | auditório do IB-S
HistóriaS DeVidas, em Matemática
Mª Elfrida Ralha (Departamento de Matemática)

O meu interesse pela Matemática manifestou-se quando me cruzei com uma professora que, ao ensinar-me o velhinho ‘teorema de Pitágoras’, me fez questionar o resultado e despertou em mim o interesse por, através da Matemática, querer saber mais do mundo que me rodeia. A importância da História na minha vida chegar-me-ia, mais tarde, quando percebi que os conceitos e os métodos matemáticos são, por regra, muito antigos e, extraordinariamente, parecem resistir mais do que as teorias e os métodos das outras ciências…
Hoje sei que qualquer história que se conte é sempre cultural e temporal e a minha curiosidade científica conduziu-me, especificamente, para a história das matemáticas, em Portugal e no século XVIII! Hoje sei também que qualquer história que se construa é necessariamente constituída por uma seleção de intrincados fios cujos meandros só em conjunto, poderão relatar interpretações credíveis de uma história global.
Nesta comunicação, procurarei seguir alguns desses ‘fios’, relatando o papel que a Matemática e os personagens, com quem me fui cruzando, me aportaram no desenlear desses ‘sistemas complexos’. Descreverei, em particular, episódios/estudos do meu percurso histórico-matemático através de Anastácio da Cunha (1744-1787), dos Congregados do Oratório em Braga (1684-1834) e de Relógios de Sol.

20ª edição | 15 de março de 2024 | auditório do IB-S
Grafeno: a folha mais fina do mundo
Tatiana Gabriela Rappoport (Centro de Física)

Esta apresentação destaca a física fundamental que envolve o grafeno, a camada mais fina do mundo, que vem intrigando os físicos por quase 20 anos. Abordaremos a sua estrutura única, suas propriedades eletrónicas e as novas descobertas que tornam o grafeno um material tão interessante.