- Nanoestruturas para melhorar a eficiência de painéis solares
Cada vez mais, falamos da importância da eficiência energética e de como esta pode ajudar o meio ambiente e as nossas economias. A alteração de comportamentos e a implementação de medidas de eficiência energética permite aos consumidores reduzir o consumo de energia e contribuir para um ambiente mais saudável.
Patrícia Sousa é Engenheira de Investigação do Grupo Integrado de Micro e Nanotecnologias do INL. Desenvolve o seu trabalho na área de microfluídica e micro e nanofabricação, em particular litografia de nanoimpressão e litografia suave.
Organização: INL - International Iberian Nanotechnology Laboratory.
- Microestruturas & Revestimentos Biofouling
O Biofouling marinho' ou o crescimento indesejado de organismos marinhos como microrganismos, e algas marinhas em superfícies submersas, é um problema global para as indústrias marítimas, com impactos negativos ambientais. A principal estratégia para combater a incrustação marinha é usar tintas que contenham biocidas, mas as preocupações ambientais e a legislação estão a levar a ciência e a tecnologia a soluções não biocidas baseadas exclusivamente nas propriedades físico-químicas e materiais dos revestimentos. Os avanços na nanotecnologia e na ciência dos polímeros, e o desenvolvimento de novos designs de superfície 'bioinspirados' por natureza, deverão ter um impacto significativo no desenvolvimento de uma nova geração de revestimentos marinhos ecologicamente corretos.
Marília Santos é investigadora no Grupo de Investigação em Qualidade da Água, Departamento de Ciências da Vida, do INL. A sua pesquisa está focada no desenvolvimento de superfícies inovadoras para controle de adesão de microrganismos e biossensores.
Juliana ingressou no INL em 2015 e atualmente trabalha no desenvolvimento de tecnologias de adsorção para recuperação de íons metálicos de efluentes industriais, no Grupo de Investigação de Nanoquímica.
Organização: INL - International Iberian Nanotechnology Laboratory.
Tratamentos Têxteis Sustentáveis
Sabia que a industria têxtil é das mais poluentes em todo mundo? Saiba como estamos a mudar isso através de tratamentos para colorar e melhorar os têxteis sem utilizar qualquer tipo de químicos, nem sequer água! Tudo para evitar a progressão das alterações climáticas! Durante esta exposição iremos apresentados tratamentos e modificações de têxteis sustentáveis, em particular de têxteis de origem natural por tratamento com plasma, assim como novos métodos de coloração têxtil. As diferenças dos tecidos tratados e não tratados, bem como a coloração de têxteis por métodos avançados, poderão ser experienciados pelos visitantes. O potencial, importância e viabilidade desta espécie de tratamentos será explicada através de atividades práticas.
Organização: Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil (2C2T) da Escola de Engenharia da UMinho.
- Microcápsulas biodegradáveis ativadas por luz solar
Demonstração de microcápsulas para a indústria para libertação de agentes específicos por difusão ou ativação solar, com interesse para o setor de higiene, têxtil e automóvel.
Organização: Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho. - Materiais sustentáveis para mobilidade sustentável, ”demonstradores de bateria"
O armazenamento de energia e a sua portabilidade é uma necessidade crescente e atual devido ao contínuo desenvolvimento tecnológico e também a constante mobilidade das pessoas. Um tipo de armazenamento de energia são as baterias de ião-lítio que convertem a energia química em energia elétrica e que estão presentes em inúmeros dispositivos, como por exemplo: telemóvel, computador, e carros elétricos, entre outros. Nesta atividade será explicada de uma maneira simples e intuitiva, recorrendo a atividades experimentais elucidativas/interativas, os princípios básicos sobre materiais sustentáveis para baterias de ião-lítio.
Organização: Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho.
- Materiais e dispositivos multifuncionais para remediação ambiental
A atividade visa a demostração de como são desenvolvidos materiais para remediação ambiental e superficies higiénicas. Em particular serão demonstrados materiais com propriedades fotocatalíticas e antimicrobianas basados em nanopartículas e membranas poliméricas multifuncionais para degradação de poluentes emergentes (e.g. antibióticos), bem como na eliminação de bactérias. A atividade contempla ainda, a demonstração de fotorrecetores e dispositivos portáteis produzidos por impressão 3D.
Organização: Centro de Biologia Molecular e Ambiental e Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho.
- Interação sustentável e economia circular
A utilização de sensores e atuadores baseados em materiais sustentáveis (não tóxicos, solúveis em água, de origem natural) visa o desenvolvimento de materiais alinhados com os pressupostos da economia circular, importantes para a o nosso dia e, em particular, para as cidades inteligentes, agricultura e ambiente 4.0. Esta atividade tem como objetivo dar a conhecer a potencial aplicabilidade de materiais desenvolvidos a partir de materiais e tecnologias verdes (manufatura aditiva) como sensores de humidade/temperatura, piezoeléctricos (deteção da chuva e geração de energia) e atuadores que imprimem movimento a diferentes processos. Outras potencialidades deste tipo de materiais serão apresentadas, tais como sensores piezoresistivos (sensores de pressão) e capacitivos (sensores de toque), assim como o impacto destes sensores no nosso dia a dia.
Organização: Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho.
- Para grandes males, pequenos remédios
As alterações climáticas, ao perturbarem a temperatura, a humidade e a velocidade e direção dos ventos na estratosfera e na troposfera diminuem a espessura da camada de ozono na estratosfera o que faz aumentar a intensidade da radiação UV que atinge a superfície da terra afetando diretamente os equilíbrios entre os organismos vivos e o meio ambiente.
A exposição excessiva à radiação UV nos organismos vivos, e em particular nos seres humanos, tem várias consequências nocivas: favorece o desenvolvimento de cancros da pele nomeadamente os do tipo melanoma; faz aumentar os processos inflamatórios da pele, provocando o seu envelhecimento precoce; reduz a atividade do sistema imunitário diminuindo as nossas defesas contra agentes patogénicos.
Embora seja muito importante contribuir para a resolução da causa do problema – as alterações climáticas, é também fundamental protegermo-nos das suas consequências – a exposição excessiva à radiação UV. Com esta atividade pretende-se sensibilizar os jovens e a população em geral para a possibilidade de nos protegermos da exposição excessiva à radiação UV, usando protetores solares baseados em nanopartículas lipídicas, que são ambientalmente sustentáveis, fáceis de preparar, baratas, não poluentes e eficazes.
Organização: Departamento e Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho.
- Antes não sujar que limpar!
O conhecimento que hoje existe de Física de Materiais e de Física de Superfícies permite modificar as superfícies dos materiais para que elas tenham as propriedades ideais para os mais diversos efeitos. Podem não riscar (filme fino superficial de elevada dureza), podem não refletir (filme fino superficial antirreflexo), podem não embaciar (alterando por exemplo a tensão superficial da água), podem repelir a sujidade (alterando a hidrofobicidade das superfícies). Em termos ambientais é muito mais favorável impedir as superfícies de se sujarem do que gastar produtos químicos e tóxicos para as limpar. Se a sujidade é do tipo gordura ou óleo, moléculas orgânicas hidrofóbicas, a superfície deve ser tanto mais lisa e hidrofílica quanto for possível para impedir estas moléculas de aderirem. Se as sujidades forem poluentes dissolvidos em água então a superfície deve ser hidrofóbica para, do mesmo modo, impedir que estas moléculas se depositem sobre ela. Mas como avaliar e alterar a hidrofobicidade de uma dada superfície?
Nesta demonstração vai-se depositar uma gota de água sobre a superfície de diversos materiais e observar. Conforme a gota de água se espalhe ou não sobre a superfície, assim esta será hidrofílica ou hidrofóbica. Mostra-se também como certos aditivos amigos do ambiente (nanopartículas, moléculas anfifílicas) podem alterar a hidrofobicidade das superfícies. Este tipo de abordagem é muito usado em vidros (fachadas, vidros de automóveis, etc.) mas também, e cada vez mais, em tecidos. Podem-se, por exemplo, tornar os tecidos impermeáveis a qualquer poluente que esteja dissolvido em água isto é que seja hidrofílico, impregnando-os com nanoestruturas altamente hidrofóbicas.
Organização: Departamento e Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho.
- Aquecimento Global e Ambiente
O aquecimento global do nosso planeta é um processo que vai contra a nossa perceção meteorológica do tempo, volátil e em constante alteração, envolvendo antes uma análise das condições climáticas por períodos de tempo alargados. A temperatura média da Terra depende de múltiplos fatores que podem apresentar uma natureza cíclica, como é o caso dos fatores relativos à órbita da terra em torno do Sol, ou da atividade do próprio Sol como fonte principal de energia do nosso Sistema Solar, mas também de condições pontuais como a ocorrência de erupções vulcânicas ou da colisão com grandes corpos como asteroides (os dinossauros foram dos primeiros a perceber isso). Também dependem de fatores locais. Quanto mais próximo do Equador maior é a quantidade de energia recebida por metro quadrado; uma grande massa de água modera as alterações de temperatura; a superfície coberta de neve reflete mais a luz de volta para o espaço, a vegetação reflete menos, etc. Em todos estes fatores a influência direta do Homem é relativamente pequena. Porém existe um fator em que o Homem tem um poder interferência enorme – a quantidade de dióxido de carbono livre na nossa atmosfera. Este gás existe naturalmente na nossa atmosfera numa pequena percentagem e é responsável pelo nosso planeta apresentar uma temperatura agradável para nós seres humanos, mas também para a maioria dos seres vivos. É um gás de efeito de estufa, ou seja, retém parte do calor que nos chega do Sol distribuindo-o por todo o planeta. Porém quando a sua concentração aumenta também aumenta o efeito de estufa e a temperatura média do nosso planeta sobe.
Num conjunto de recipientes hermeticamente fechados, iluminadas com fonte igual, vamos simular condições diferentes no nosso planeta - zonas com água, com terra, com neve, com árvores e com excesso de CO2 (bicarbonato de sódio mais vinagre), e observar como a temperatura no interior varia conforme as situações.
Organização: Departamento de Física da Escola de Ciências da UMinho. - Potencial do própolis no agroalimentar: controlo de doenças causadas por fungos fitopatogénicos e aumento do tempo de prateleira de frutas e legumes
Nesta atividade pretende-se demonstrar a potencial utilização de própolis, um produto natural produzido pelas abelhas, como: (i) biopesticida, através da sua atividade contra fungos fitopatogénicos in vivo e in vitro, e na (ii) formulação de coberturas comestíveis, tendo como objetivo aumentar o tempo de prateleira de alguns frutos e vegetais.
As pragas agrícolas, nomeadamente os fungos fitopatogénicos, conduzem a danos muito significativos em culturas agrícolas à escala mundial. Para o seu controlo são aplicados intensivamente pesticidas que resultam frequentemente no aparecimento de resistências por parte das espécies fúngicas, a poluição ambiental e a toxicidade em organismos não-alvo, ameaçando também a saúde humana. Assim, urge desenvolver alternativas ecológicas igualmente eficazes, entre as quais os pesticidas biológicos. Por outro lado, grande parte da produção de várias culturas, nomeadamente frutas e legumes, é perdida rapidamente devido ao amadurecimento e deterioração pós-colheita, levando a grandes perdas económicas. Um método de retardar o amadurecimento em frutas consiste na aplicação de coberturas comestíveis (biocoating), tendo como objetivo a proteção contra a deterioração oxidativa mas também a contaminação microbiana.
Organização: Departamento de Biologia e Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de Ciências da UMinho.
- Um tesouro escondido no solo
Nesta atividade, será revelada a presença de micróbios no solo. Será mostrado o processo de isolamento desses micróbios até ficarem completamente separados de outros micróbios presentes no solo. Será igualmente mostrado o modo como são avaliadas as funções que desempenham para o crescimento e fitossanidade das plantas.
Organização: Centro de Biologia Funcional de Plantas da Escola de Ciências da UMinho. - As bactérias fornecem nutrientes às plantas
Nesta atividade será revelada a capacidade das bactérias se associarem a plantas (leguminosas), pela observação de nódulos facilmente visíveis nas suas raízes. Esta associação é extremamente importante porque permite a fixação de azoto atmosférico, numa forma assimilável para a planta. Serão apresentadas raízes com nódulos de diferentes leguminosas, assim como as bactérias isoladas a partir deles. Será ainda explicada a importância desta associação para a produção de alimentos mais nutritivos.
Organização: Centro de Biologia Funcional de Plantas da Escola de Ciências da UMinho.
- Um mundo (microbiano) numa azeitona
Nesta atividade será revelada a presença de micróbios na superfície da azeitona, que poderão desempenhar um papel importante na proteção da oliveira contra patógenos. Serão expostas experiências que demonstram que azeitonas na presença desses micróbios apresentam menos sinais de doenças que outras sem micróbios. Será também evidenciada a luta biológica entre dois fungos (um deles patógeno de oliveiras) em meio de cultura.
Organização: Centro de Biologia Funcional de Plantas da Escola de Ciências da UMinho.
- A importância de ser Nemátode
‘Nemátode’ é o nome de um grupo de animais geralmente cilíndricos e alongados, ecologicamente bem-sucedidos e diversos, que podem ser encontrados em ambientes aquáticos ou no solo. Apesar da sua dimensão microscópica, desempenham papéis importantes em muitos processos do solo tais como decomposição de matéria orgânica e reciclagem de nutrientes. A sua diversidade e abundância estão diretamente relacionadas com a saúde dos solos e as alterações climáticas podem influenciar a sua frequência e distribuição geográfica. Alguns nemátodes são parasitas de animais e de plantas e têm um impacto negativo na agricultura, ambiente, e saúde humana. Os fitoparasitas alimentam-se de tecidos vegetais condicionando a absorção de água e nutrientes por parte das plantas com consequente diminuição da produção e correspondente impacto económico elevado. As alterações climáticas contribuem para o aumento da distribuição e dos danos nas culturas, eventual capacidade de infeção de novos hospedeiros e alteração dos ciclos de desenvolvimento. O estudo da ecologia e distribuição de nemátodes, bem como de soluções sustentáveis para a gestão de nemátodes fitoparasitas em sistemas agrícolas e zonas verdes urbanas revela-se assim de elevada importância. Com esta atividade expositiva pretende-se sensibilizar o público em geral para a importância destes seres microscópicos na estrutura e funcionamento dos ecossistemas com enfâse na mitigação do seu impacto na agricultura através da observação de nemátodes vivos, plantas infetadas, vídeos e painéis informativos.
Organização: Departamento de Biologia e Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de Ciências da UMinho. - Biodiversidade de ecossistemas agrícolas – dos microrganismos às plantas
No âmbito do European Green Deal, a União Europeia definiu uma Estratégia para a Biodiversidade até 2030 que assenta num plano de proteção da natureza e de reversão da degradação dos ecossistemas. Biodiversidade é um termo abrangente que engloba a diversidade de ecossistemas naturais e agrícolas. Por exemplo, a variedade de microrganismos, fungos, plantas e animais contribuem para a biodiversidade de uma sistema agrícola como uma vinha. Neste contexto, a cobertura do solo (enrelvamento) com vegetação espontânea (espécies autóctones) ou semeada representa uma alternativa sustentável ao sistema convencional de mobilização do solo, apresentando diversas vantagens para a cultura da vinha. Em particular, esta prática agrícola contribui para o aumento da biodiversidade no ecossistema da vinha, podendo reduzir a incidência de doenças e pragas e, desta forma, limitar o uso de pesticidas. Por outro lado, a diversidade da comunidade microbiana da vinha pode contribuir fortemente para a tipicidade dos vinhos, uma vez que os microrganismos que colonizam a superfície do bago (microbiota) determinam o progresso do processo fermentativo. Neste contexto, os projetos "Fleurs locales" (Interreg Sudoe) e “GrapeMicrobiota” (FCT) visam, respetivamente, a otimização de misturas de espécies nativas para o enrelvamento das entrelinhas da vinha e o estudo da comunidade microbiana do bago de uva de diferentes variedades de videira da região DOC Douro com vista à desenho de estratégias de preservação da tipicidade do vinho. Em concreto, nesta atividade vamos explicar como implementamos estes projetos no campo e mostrar alguns resultados já obtidos. Por exemplo, os visitantes do nosso stand vão compreender como escolhemos as sementes que são aplicadas no campo e observar a variedade de microrganismos que colonizam o bago de uva e compreender o seu contributo no processo fermentativo.
Organização: Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho. - As plantas despoluem a atmosfera ao transformarem o CO2 no nosso alimento e fabricam o oxigénio que respiramos
Há mais de 2 mil milhões de anos os primeiros organismos fotossintéticos aquáticos iniciaram o fabrico de oxigénio que enriqueceu a atmosfera e abriu as portas à multicelularidade e a uma explosão filogenética sem precedentes no planeta Terra.
Atualmente, pela fotossíntese, as plantas estão na base da cadeia alimentar (produtores primários de compostos orgânicos) o fornecem o oxigénio que torna possível a respiração aeróbia dos compostos orgânicos pelos organismos heterotróficos, incluindo os humanos.
A fotossíntese possibilita também a “despoluição” do nosso planeta, uma vez que remove o CO2 da atmosfera. Com efeito, as plantas absorvem quase um terço das emissões de carbono que resultam da atividade humana, mas o aquecimento global compromete a fotossíntese e a biodiversidade. Alem disso, em apenas um ano foram destruídos quase 10.000 Km2 da floresta amazónica...
Nesta atividade vamos explorar os segredos da fotossíntese, compreender como as plantas incorporam o CO2 e perdem água pelos estomas; como os compostos orgânicos produzidos na fotossíntese são acumulados, sob a forma de amido, nos tecidos de armazenamento, incluindo tubérculos, frutos, sementes e tecidos lenhosos; como o amido acumulado no inverno nos tecidos lenhosos é mobilizado na primavera para o desenvolvimento vegetativo. Vamos observar no microscópio os estomas e os locais de acumulação de amido e purificar a clorofila.
Organização: Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho.
- O impacto dos problemas visuais na sustentabilidade ambiental: terá a correção da visão influência no ambiente?
A atividade tem por objetivo explicar e sensibilizar os jovens para os problemas visuais advindos da era digital com implicações no aumento na incidência e prevalência dos erros refrativos visuais. Outro objetivo passa por explicar de que forma esse aumento da prevalência de problemas visuais como a miopia e o consequente aumento da prescrição e uso de dispositivos óticos (como lentes oftálmicas, lentes de contacto e lentes intraoculares) pode afetar a sustentabilidade ambiental.
A atividade será composta por demonstrações interativas que permitirão às crianças perceber o esforço visual contínuo que os olhos têm que fazer para manter focados objetivos em visão próxima (durante o uso de telemóveis, tablets, etc) e o impacto desse esforço nas alterações do globo ocular. Estas simulações serão realizadas através de medições em tempo real do esforço visual (em dioptrias) de um voluntário. Através de um simulador especialmente desenvolvido para esta atividade, será possível a visualização gráfica num ecrã (através de imagens ilustrativas de esforço visual) por todos os participantes na atividade.
A par destas demonstrações e após a sensibilização para os problemas que podem advir do uso indiscriminado da visão próxima, será apresentada a problemática do crescente aumento da miopia e as implicações num maior número de usuários de lentes de contacto e lentes oftálmicas. Este problema toma proporções bastante elevadas, no caso das lentes de contacto, que pode representar individualmente um volume considerável, uma vez que uma importante parte das lentes de contacto utilizadas atualmente são descartáveis diárias. Assim, a titulo de exemplo cada usuário descarta até 730 lentes por ano! Um dos problemas é que cerca de 15-20% dos usuários de lentes de contacto descartam as lentes no lavatório, na sanita ou no lixo doméstico que poderão ser transportadas para estações de tratamento de águas residuais (ETAR) ou aterros sanitários. Como as lentes oftálmicas e as lentes de contacto não são biodegradáveis, ao sofrerem deterioração podem fragmentar-se e transformar-se em microplásticos e contribuir para a degradação ambiental.
Organização: Clinical and Experimental Optometry Research Lab (CEORLab) da Escola de Ciências da UMinho.
- Fábricas de células microbianas rumo a um crescimento sustentável
Nesta atividade prática os participantes poderão descobrir que um pequeno microrganismo como a levedura do pão ou da cerveja pode ser usado como uma poderosa fábrica biotecnológica para produzir produtos essenciais às nossas vidas como fármacos, plásticos, aditivos alimentares e até biocombustíveis, de um modo sustentável e amigo do ambiente.
Organização: Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho. - Infeções Fúngicas e alterações climáticas
O uso generalizado de azóis, quer em medicina quer na agricultura, tem contribuído para o aparecimento de espécies de fungos cada vez mais resistentes a medicamentos.
Recentemente, foi proposto que Candida auris, uma espécie altamente patogénica para o Homem, surgiu simultaneamente em três continentes devido ao aumento global das temperaturas causado por alterações climáticas. Assim, é essencial estudar estes microrganismos, perceber como se adaptam e crescem no nosso organismo em face de alterações metabólicas e de temperatura. Nesta sessão prática serão apresentados estes microrganismos, incluindo algumas curiosidades e as mais recentes investigações nesta área.
Organização: Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho.
- Energia e Conforto em Edifícios
O conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa satisfação com o ambiente térmico adjacente. Estar confortável, nesta vertente, significa que uma pessoa usando uma quantidade normal de roupas não sinta nem frio nem calor excessivo.
O conforto térmico tem uma forte componente subjetiva, a qual pode ser determinada por questionário. Para simplificação, pode-se utilizar modelos determinísticos de avaliação recorrendo a softwares de estudo numérico. Os Softwares de estudo numérico, como por exemplo o Fluent®, permitem simular as condições do ambiente que se pretende estudar e através da análise das variáveis (temperatura, humidade e velocidade do ar), determinar se o espaço é favorável para o conforto térmico, com um menor custo e uma redução significativa do tempo experimental/testagem.
Com a situação pandémica que se atravessa, o estudo torna-se ainda mais interessante e pertinente, uma vez que o sistema de climatização pode contribuir para a segurança, higienização e boa gestão do espaço.
Nesta sessão pretende-se avaliar o conforto dos participantes dentro do Altice Forum Braga recorrendo a um questionário online, como também, referir a importância do Conforto Térmico na qualidade de vida de cada um e, claro, no Ambiente.
Organização: Escola de Engenharia da UMinho. - Formas de redução da propagação dos fogos florestais
O fogo é um fenómeno complexo, com dimensões de tempo e espaço que varia numa escala de segundos e milímetros a mais de um dia e mais de um quilómetro. Quando ocorre em florestas, o fogo pode ter um enorme impacto nos seres humanos, pois coloca a vida e propriedades em perigo. Portugal foi o único país dos Estados Membro da União Europeia com um decréscimo da área florestal de 1990 a 2015. Os incêndios florestais são a razão por detrás desta redução, visto que Portugal é um dos países mais afetadas por este fenómeno. A gestão do combustível florestal e da floresta em geral são fundamentais para evitar incêndios florestais que danificam o ecossistema e libertam grandes quantidades de CO2 na atmosfera. Neste sentido prever este fenómeno, é de grande importância para a tomada de decisões na prevenção e combate.
A aplicação de simulação da propagação de um incêndio florestal utilizando recursos de Sistema de Informação Geográfica, combinados com a integração de modelos empíricos para a previsão da taxa de propagação, ou aplicação de softwares de simulação numérica como o ANSYS Fluent, permitem estudar e analisar o fenómeno em várias vertentes. Este trabalho é de enorme relevância no que diz respeito à otimização e gestão dos recursos florestais por forma a minimizar os efeitos dos incêndios florestais. Nesta sessão pretende-se demonstrar as capacidades da simulação no estudo da prevenção de um incêndio florestal.
Organização: Escola de Engenharia da UMinho. - CEB4NEI - O Centro de Engenharia Biológica e as suas quatro linhas de Investigação
A CEB4NEI é uma actividade de demonstração, representativa das 4 linhas de investigação do Centro de Engenharia Biológica (CEB) e tem como objetivo levar os participantes a descobrir o nosso mundo – o da biotecnologia, nas suas mais diversas vertentes, contactando diretamente com os investigadores e as diferentes realidades dos nossos laboratórios de investigação.
Organização: Centro de Engenharia Biológica da Escola de Engenharia da UMinho. - O Infinitamente Pequeno: Ciência, Tecnologia e Sustentabilidade
Tornaremos o mundo invisível das partículas mais próximo dos visitantes através da deteção de partículas cósmicas que nos rodeiam em dispositivos de simples (câmara de faíscas, câmara de nevoeiro) em que podemos observar os rastos deixados pela passagem dessas partículas.
Visualizadores virtuais interativos permitirão transpor essa experiência para os detetores mais complexos usados em alguns dos grandes projetos internacionais em que o LIP participa, nomeadamente no acelerador LHC do CERN e em experiências de astropartículas.
Um pequeno números de posters apresentará aos visitantes a estratégia europeia para o futuro da física de partículas, em particular o Future Circular Collider (FCC) e alguns projectos em desenvolvimento no que diz respeito à sustentabilidade habitual. Um écran permitirá seguir o programa online, que incluirá uma apresentação/debate sobre estas questões, assim como visitas virtuais a grandes experiências de física de partículas.
Organização: LIP - Minho.
- Arte generativa
Uma introdução à arte generativa, colocando a ênfase na ligação entre arte e matemática/computação.
Organização: Departamento de Matemática da Escola de Ciências da UMinho. - Matemática para o ambiente
Apresentação um conjunto de atividades que demonstram a utilização da Matemática no contexto da gestão de recursos hídricos, das alterações climáticas e da proteção da floresta.
Organização: Departamento de Matemática da Escola de Ciências da UMinho. - O efeito borboleta - exposição e construção de um mosaico com cubos de Rubik
Edward Lorenz, o pai da Teoria do Caos que mostrou como pequenas variações podem levar a grandes mudanças no que ficou conhecido como "efeito borboleta", nasceu em 1917 em West Hartford, Connecticut. Formou-se em Matemática no Dartmouth College e na Universidade de Harvard, e graduou-se em Meteorologia no MIT.
Na década de 1950, começou a trabalhar em simulações numéricas do tempo, recorrendo a computadores para prever o tempo ao processar dados observacionais sobre temperatura, pressão e vento. Ao longo dos anos foi questionando a adequação dos modelos estatísticos lineares em meteorologia, já que a maioria dos fenómenos atmosféricos envolvidos na previsão do tempo são não lineares.
A ideia proposta pela premissa “O simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode ocasionar um tornado no Texas” foi primeiramente utilizada por Lorenz em 1969, no 139.º Encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência. No contexto, Lorenz referia-se à impossibilidade de previsão de fenómenos atmosféricos por mais que alguns dias. As percepções de Lorenz sobre o caos determinístico ressoaram amplamente a partir das décadas de 1970 e 80, quando estimulou novos campos de estudo em praticamente todos os ramos da ciência, da biologia à geologia e à física.
“Ao mostrar que certos sistemas determinísticos têm limites formais de previsibilidade, Lorenz cravou o último prego no caixão do universo cartesiano e fomentou o que alguns chamaram de terceira revolução científica do século 20, seguindo os passos da relatividade e da física quântica”, disse Kerry Emanuel, um proeminente Meteorologista do MIT.
O Rubikcubismo é uma corrente de construção de mosaicos em píxeis de cubos de Rubik. O número de cubos de Rubik a usar no mosaico determina a resolução da imagem a construir.
Nesta atividade propomos a construção coletiva de um mosaico em píxeis de cubos de Rubik de um retrato de Edward Lorenz. Cada participante será convidado a reproduzir um pedaço da imagem pixelizada numa das faces de um cubo de Rubik com o objetivo de, coletivamente, se formar a imagem completa no final do dia.
Paralelamente à construção do mosaico com cubos de Rubik, propomos uma atividade BYOD em que os participantes poderão ver, com recurso às câmaras dos seus telemóveis, uma exposição com imagens em poster/tela também em formato de mosaicos em píxeis de cubos de Rubik e com informações sobre o "efeito borboleta" e o impacto da matemática na meteorologia.
Organização: OutLab - CMAT Outreach Laboratory, Centro de Matemática da Escola de Ciências da UMinho.
- O ATRACTOR DE LORENZ - visualização de hologramas
O atractor de Lorenz é uma das imagens mais icónicas da Teoria do Caos e ilustra o fenómeno de dependência sensível das condições iniciais. Este fenómeno é uma das ideias centrais do caos e é mais conhecido pelo público por efeito borboleta. De um modo informal, podemos enunciá-lo do seguinte modo: pequenas variações podem produzir grandes efeitos. Uma das consequências mais importantes da dependência sensível das condições iniciais é a imposição de limites à nossa capacidade de previsão. Quando o sistema é caótico, um pequeno erro relativamente ao conhecimento da condição inicial faz com que, ao fim de um certo tempo, o comportamento previsto pelo modelo e o comportamento do sistema real possam deixar de ter qualquer relação.
Esta ideia, popularizada na área da meteorologia, foi formulada por Edward Lorenz, que usou um computador para calcular as órbitas de um modelo simplificado da atmosfera. Ora, este modelo é dado por um sistema de equações diferenciais não lineares, cuja evolução, ao fim de um curto intervalo de tempo, segue um fractal de dimensão 2.06 – o chamado atractor de Lorenz – em que as órbitas se afastam espiralando, para depois se “dobrarem” sobre si próprias.
Nesta atividade, propomos que os visitantes visualizem o atractor de Lorenz através da projeção em holograma de uma simulação criada por Dafniss Mogar.
Esta atividade ganha um cariz BYOD quando os visitantes são convidados a transformar os seus smartphones em projetores de hologramas.
Organização: OutLab - CMAT Outreach Laboratory, Centro de Matemática da Escola de Ciências da UMinho.