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Horta da UMinho inaugura painéis informativos Voltar

segunda-feira, 22/04/2024    Campus de Gualtar, Braga
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Biospots foram apresentados no Dia Mundial da Terra
A Horta-STOL, no campus de Gualtar da Universidade do Minho (UMinho), conta a partir deste mês com dois painéis informativos sobre parte da sua biodiversidade animal e vegetal espontânea. Os biospots foram inaugurados no dia 22, Dia Mundial da Terra, numa cerimónia simbólica que contou com a presença de Miguel Bandeira, pró-reitor para a Sustentabilidade e Gestão dos Campi da UMinho, Altino Bessa, vereador do Ambiente e Alterações Climáticas na Câmara Municipal de Braga, José Manuel González-Méijome, presidente da Escola de Ciências da UMinho (ECUM) e Alexandra Nobre, coordenadora do projeto STOL - Science Through Our Lives e docente do departamento de Biologia.

O espaço tem dois anos, cerca de 150 espécies vegetais distribuídas por um talhão inicial de 30 metros quadrados e outro mais recente onde se cultivam plantas hortícolas anuais, aromáticas, medicinais, ornamentais e outras. Serve de apoio a aulas de licenciatura e mestrado da UMinho e é usada para divulgação de ciência junto das escolas que a visitam, campos de férias, oficinas e seminários de cultura visual. “É um espaço que pode ser muito especial em termos de educação ambiental e que pode chegar a diferentes públicos”, refere Alexandra Nobre.

A horta tem vindo a ser melhorada, fruto do trabalho voluntário da docente responsável pelo STOL e de alunos, um trabalho que a reitoria da UMinho reconhece e quer alargar. “Temos que atualizar o regulamento em vigor, para lançarmos, dinamizarmos e ampliarmos as hortas. Queremos fazer deste espaço, um espaço de investigação-ação, didático, de experimentação”, diz Miguel Bandeira, pró-reitor para a Sustentabilidade e Gestão dos Campi da UMinho.

A horta tem-se vindo a afirmar como um espaço de educação ambiental e de valorização do campus e da biodiversidade, servindo de “apoio ao ensino e à investigação”, considera José Manuel González-Méijome. “Estou a olhar para esta horta e estou a ver a horta da minha mãe, algo que muitos nunca viram de perto”, diz o presidente da ECUM, que acredita que este espaço deve continuar “a servir como um local de aprendizagem para os nossos estudantes e aqueles que nos visitam”. “Uma horta tem também uma componente estética onde a organização e a estrutura são essenciais. E há hortas que são verdadeiras obras de arte”, conclui.


Os painéis foram oferecidos pela autarquia. O município bracarense tem vindo a desenvolver vários projetos com a ECUM, nomeadamente a inventariação da fauna e da flora no Parque das Camélias ou a identificação da fauna e da flora no rio Este através do projeto Bioblitz. “Temos conseguido uma maior proximidade com a UMinho”, disse Altino Bessa. Disponível para continuar a apostar nesta parceria, o vereador do Ambiente e Alterações Climáticas na Câmara de Braga deixou um repto: a implementação de um projeto de identificação da fauna e da flora no Parque do Picoto, “o pulmão da cidade”.

Engenheiros e biólogos unidos no cultivo da horta


A Horta-STOL está a ser cultivada por um grupo de alunos da UMinho, com o apoio da docente Alexandra Nobre, do departamento de Biologia. Para a maior parte deles, esta tem sido uma descoberta e uma forma de se “abstraírem” dos estudos. “Estava focado em escrever a tese de mestrado, mas precisava de me abstrair”, comentou Filipe Guimarães. Sem qualquer conhecimento na área, o aluno de Engenharia Informática decidiu “colocar as mãos na massa e aprender” e hoje já cultiva couve galega, batata, cebola, favas e ervilhas, e até já sabe que “ajudam a melhorar a qualidade do solo”.

Já Juliana Tomás está empenhada em cultivar espécies diferentes como amendoim, que junta ao repolho, à batata doce, aos pepinos, ao melão “casca de carvalho”, entre outros. No projeto desde o início, a estudante de mestrado em Engenharia Química e Biológica procurou o projeto STOL para se “integrar num grupo de alunos”, mas hoje considera que a horta fez com que recuperasse “os hábitos dos avós”. “Abriu-se um mundo novo. Vou a lojas de agricultores, a hortos, já consigo conhecer o ciclo completo das plantas e colher as minhas sementes biológicas”, resume a jovem.

O projeto STOL está ligado ao Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho. Foi ainda criado um jogo da memória e um pequeno livro sobre as plantas da horta e recursos educativos online gratuitos.


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