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Cientista da UMinho regressa à escola primária Voltar

quarta-feira, 26/03/2025    Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho
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Isabel João Silva, investigadora do Departamento de Biologia participou no programa “Cientista Regressa à Escola!”, da Native Scientists.
Isabel João Silva, investigadora e professora da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), voltou à escola onde frequentou o primeiro ciclo, para falar sobre a sua experiência profissional e pessoal e dar a conhecer aos mais novos, o mundo dos microrganismos.

A bióloga esteve, no dia 26 de março, no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, no âmbito do programa “Cientista Regressa à Escola!”, organizado pela Native Scientists, uma organização sem fins lucrativos que opera em vários países europeus e que implementa programas que conectam alunos e cientistas, para promover a alfabetização científica e linguística e diminuir as desigualdades. A cientista passou ainda pela EB1 de Gondizalves. Nas duas escolas falou sobre o seu percurso pessoal e profissional, desmistificou a ideia do que é um cientista e falou sobre microrganismos, a área em que trabalha. “Os microrganismos estão em toda a parte e fazem parte do nosso quotidiano. Nesta idade associam-nos a doenças, mas é relevante que saibam que estes produzem uma variedade de compostos essenciais à sociedade”, referiu.


Entre microscópios, pipetas, placas de Petri, e outros materiais trazidos do laboratório, a investigadora desafiou os mais pequenos a observar os microrganismos e a procurarem microrganismos na sala e no recreio. “É muito interessante estar neste contexto de sala de aula, porque entendemos qual é a perceção de ciência deles. São experiências simples, mas acabam por trazer alguma novidade e muitas vezes os despertar para a ciência”, adiantou a docente do Departamento de Biologia da ECUM.

Conservatório de música abre-se à ciência


E esta foi mesmo uma experiência diferente para estes alunos do 4º ano, que se sentiram “cientistas por um dia”. “Gostei muito. Aprendi que há microrganismos em muitos sítios e que eles sobrevivem fora da Terra durante muito tempo”, disse o Daniel, a frequentar o 4º ano no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. Já a Clara, que até tinha “o plano de ser veterinária”, começou a “conhecer mais as coisas de ciência” e ficou com a “expetativa” de se tornar numa cientista. Na escola vão desenvolvendo algumas experiências, no contexto da disciplina de Estudo do Meio e por isso, o Luca também de mostra interessado pela área. “Percebi que os microrganismos aparecem em muitos lugares e com eles podemos fazer corantes e outras coisas”, revelou.


Apesar de estar mais vocacionado para a componente musical, o conservatório tem vindo a apostar no desenvolvimento de atividades voltadas para a Ciência. Desta vez, não foram os alunos que procuraram a ciência, mas foi a ciência que foi até à escola. “Como são muito curiosos, os alunos precisam muito desta parte experimental. Não chega só o conhecimento através da exposição, pois necessitam de ver fazer, de fazer, de experienciar, para que a aprendizagem seja efetiva! Penso que esta é uma excelente iniciativa!”, disse Filipa Pimentel, professora do 1º ciclo, que espera por mais oportunidades para o desenvolvimento de atividades deste género.


Projeto quer promover a alfabetização científica


Isabel João Silva licenciou-se em Biologia Aplicada na Universidade do Minho e concluiu o doutoramento em 2006 na área de Biologia Molecular de Leveduras e o pós-doutoramento na área de estudos de estrutura-função de permeases. Ingressou na Unidade de I&D em Nefrologia (Faculdade de Medicina, UPorto) como assistente de investigação e mais tarde no INEB/I3S (UPorto). Desde outubro de 2016, expandiu o seu trabalho na área de proteínas transportadoras para a otimização de fábricas celulares microbianas, no Centro de Biologia Molecular e Ambiental da UMinho (CBMA).


A sessão teve o apoio do Município de Braga e a parceria da Direção-Geral de Educação. A Native Scientists nasceu em 2013, em Londres (Inglaterra). O projeto já chegou a 11 países, como França, Alemanha, Hungria, Irlanda ou Suécia.

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