sexta-feira, 04/04/2025
Escola de Ciências da Universidade do Minho
Iniciativa
juntou alunos, docentes e investigadores numa partilha sobre o papel das
ciências na exploração do espaço.
Cerca
de uma centena de
estudantes e professores de escolas secundárias do distrito de Braga
participaram no passado dia 4, no II Encontro Ciência e Espaço, que se realizou
no auditório da Escola de Ciências da UMinho (ECUM). O encontro, inserido
nas comemorações dos 50 anos da escola, pretendeu promover junto do público
escolar o papel das ciências básicas e fundamentais na área da exploração do
espaço.
A
sessão de abertura ficou a cargo de José Manuel González-Méijome, presidente da
ECUM, e de Teresa Ruão, pró-reitora para a Comunicação Institucional da UMinho. “Este encontro não é apenas
um momento de partilha de conhecimento. É uma oportunidade para mostrar o papel
que as ciências básicas e fundamentais têm na compreensão e na exploração do
espaço”, disse a pró-reitora, que acrescentou que “disciplinas como a física, a
química, a biologia ou outras da ECUM, são peças fundamentais para as missões
espaciais, para o estudo do Universo e para a evolução da tecnologia que molda
o mundo atual”. A ideia foi
sublinhada pelo presidente da ECUM, José Manuel González-Méijome. “As
nossas cinco áreas científicas, têm muito conhecimento para partilhar neste
domínio. Espero que a escola se entusiasme com estas e outras vias de
desenvolvimento estratégico, para termos um futuro melhor com ciência”, realçou.
Para já, o presidente da ECUM pretende reforçar e manter este encontro, para
“impulsionar a investigação e divulgar o conhecimento produzidos na academia e
incentivar nas gerações mais jovens o gosto pela ciência”.
A
iniciativa decorreu durante toda a manhã e iniciou com uma palestra proferida
por Ricardo Conde. O presidente da Agência Espacial Portuguesa deu a conhecer
os segredos e encantos do espaço, mas também a parte menos positiva desta
exploração, como a quantidade de lixo espacial existente em órbita, para onde
foram lançados milhares de satélites e aumentam o risco de nos fechar sobre nós
próprios, limitando cada vez mais as janelas de oportunidade para lançar novas
missões futuras. O programa incluiu
palestras com especialistas e a apresentação de trabalhos
elaborados pelos alunos das escolas participantes. “Fiquei fascinado, rendido
com os projetos que os alunos apresentaram. Foi inspirador ouvir os alunos, mas
também os professores da ECUM”, referiu Ricardo Conde, que espera que a próxima
edição seja ainda maior e integre outras vertentes ligadas à ciência. Desta
iniciativa surgiram já várias oportunidades de cooperação entre os
participantes e a Agência Espacial Portuguesa, e os seus resultados poderão ser
partilhados nas próximas edições.
Alunos
apresentam trabalhos sobre Ciência
Durante
o encontro foram apresentados trabalhos elaborados por alunos de escolas do
distrito. “Mission Space Lab”; “Novas propostas de propulsão espacial para
missões interplanetárias e interestelares: ao infinito e além”; “A física e
química na produção de plantas no Espaço”; “À procura de vida nas luas de
Saturno” ou “Física e química das estrelas” foram os temas abordados. “Juntamos
a programação com a física e elaboramos o projeto Mission Space Lab”, explicou
Bárbara Macedo. Para a aluna do 12º ano da Escola Secundária D. Maria II, esta
foi uma experiência “interessante”, que permitiu “usar programas informáticos
para calcular a velocidade da estação espacial de forma mais precisa”.
O
evento contou ainda com a presença de Carla Sepúlveda, vereadora da Cultura da
Câmara de Braga, uma das parceiras do evento, juntamente com a Câmara de
Guimarães, o Planetário - Casa da Ciência de Braga, o Ciência Viva e a Agência
Espacial Portuguesa.